mardi 20 mars 2012

Compartilhando experiências ...

São muitos os motivos que levam as pessoas a procurar meus serviços de super professora (hihihi). Pode ser  por amor à língua francesa, por vontade de aprender mais um idioma, para preparar o processo de imigração no Québec ou  simplesmente para aprender umas coisas úteis antes de ir 'turistar' um pouco pela França.

Mas grande parte dos meus alunos têm o projeto de fazer um intercâmbio universitário na França.
Vários alunos que eu tive no primeiro semestre de 2011 estão agora curtindo a chegada da primavera lá na Fran~ça depois de sofrer um inverno muito frio !

Pedi para eles responderem algumas perguntas sobre a experiência deles.

Hoje eu posto as respotas de um estudante fazendo intercâmbio em Paris.


1. O que te fez escolher a França?
Acredito que a ideia de vir para a França – e, mais especificamente, Paris – tenha surgido principalmente a partir de toda a influência que já tinha de escritores, filósofos e sociólogos, por exemplo. Isso, na verdade, foi o que me fez começar a aprender a língua, na intenção de conseguir ler textos importantes para mim em sua escrita original, em francês. E, claro, existia toda a curiosidade de Paris como a cidade das luzes, da cultura, da arte etc.



2. Em que cidade e universidades você esta estudando agora?
Paris, na Universidade Paris 8.

3. Como qualificaria seu nível de francês quando você viajou? Deu para se virar? Sentiu dificuldades com a língua quando chegou?
Poderia classificar como intermediário. Não tive tanta dificuldade para me comunicar como imaginei; o nervosismo de não ser entendido ou de não entender que deixavam as coisas mais difíceis. Talvez por ser uma cidade em que as pessoas estão acostumadas a estrangeiros falando mal ou com um francês muito carregado de sotaque estrangeiro, era possível com tranqüilidade fazer um pedido num restaurante, perguntar as direções na rua, abrir uma conta no banco ou tentar explicar ao professor de onde eu vim, o que estava fazendo ali e qual era meu curso – até que eu consegui entender que facilitava as coisas apenas dizer: sou estudante Erasmus, apesar de teoricamente não o ser.
O que mais me assustava antes de vir para cá eram as aulas. No entanto, percebi que não era tão complicado entender os professores falando, e em geral eles eram muito solícitos e compreensivos com os estudantes estrangeiros. O mais difícil para mim desde o início era e ainda é, na verdade, entender jovens franceses conversando, talvez pelo grande uso de gírias e expressões ou pela maior rapidez durante a fala.
Mas o que mais me deixava angustiado era falar ao telefone. Como não consegui vaga na residência em Paris 8, tive que procurar apartamento – e isso, em Paris, é um pesadelo. Então precisava ligar pra proprietários de apartamentos para tentar agendar um RDV. Ia com calma, pedia para repetir às vezes, mas, bom, conseguia marcar alguns encontros.

4. O que você mais estranhou nos primeiros momentos da sua vida francesa?
O que mais me estranhou, imagino, foi o isolamento e frieza que os parisienses aparentam ter. É difícil aqui, pra mim, conversar com franceses ou manter qualquer tipo de interação. Por outro lado, algo que me agradou muito foi a educação que grande parte das pessoas mantém no seu dia-a-dia: segurar as portas, agradecer, se interessar em ajudar, dizer desculpa... Um estranhamento bastante positivo, no caso.

5. Em relação à preparação da viagem, o que você não fez e depois descobriu que poderia ter feito, pois seria muito útil?
Uma das coisas que não fiz antes de viajar foi abrir firma no cartório, para caso seja necessário reconhecer algum assinatura minha (pedi para se pibic de um professor da Facom pro período de minha volta, mas talvez hajam problemas por conta de assinaturas para a bolsa).

6. Quais são as coisas mais legais do seu intercâmbio na França?
Ter contato diariamente com a língua francesa; morar em Paris; ir pra diversas exposições e museus; entrar de graça nos museus (por ser menor de 26 anos e residente); comprar livros em francês; utilizar transportes públicos decentes a preços acessíveis; morar sozinho; ter aulas em francês; passear tranquilamente na rua a qualquer hora sem medo de ser assaltado; conhecer pessoas diferentes, de diversas nacionalidades.

7. E as menos legais?
Saudades do mar, das comidas baianas, da família, dos amigos e da namorada. Além disso, uma certa decepção com o ensino universitário francês. Talvez pelo menor número de anos de estudo da graduação (3 na França e no mínimo 4 no Brasil) eu tenha sentido uma certa diferença, mas, ainda assim, considero as aulas que tenho na UFBA em geral mais aprofundadas do que as que tenho aqui.

8. Tem vontade de voltar estudar na França ?
Ainda não voltei pro Brasil, mas já tenho bastante vontade de planejar alguma volta para Paris. Provavelmente farei mestrado mesmo na UFBA, mas penso no doutorado por aqui. Espero que esses planos dêem certo.  

Aucun commentaire:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...