Mas grande parte dos meus alunos têm o projeto de fazer um intercâmbio universitário na França.
Vários alunos que eu tive no primeiro semestre de 2011 estão agora curtindo a chegada da primavera lá na Fran~ça depois de sofrer um inverno muito frio !
Pedi para eles responderem algumas perguntas sobre a experiência deles.
Hoje eu posto as respotas de um estudante fazendo intercâmbio em Paris.
1. O que te fez
escolher a França?
Acredito que a ideia
de vir para a França – e, mais especificamente, Paris – tenha surgido
principalmente a partir de toda a influência que já tinha de escritores,
filósofos e sociólogos, por exemplo. Isso, na verdade, foi o que me fez começar
a aprender a língua, na intenção de conseguir ler textos importantes para mim
em sua escrita original, em francês. E, claro, existia toda a curiosidade de
Paris como a cidade das luzes, da cultura, da arte etc.
2. Em que cidade e
universidades você esta estudando agora?
Paris, na Universidade Paris 8.
Paris, na Universidade Paris 8.
3. Como qualificaria seu nível de francês quando você viajou? Deu para se virar? Sentiu dificuldades com a língua quando chegou?
Poderia classificar
como intermediário. Não tive tanta dificuldade para me comunicar como imaginei;
o nervosismo de não ser entendido ou de não entender que deixavam as coisas
mais difíceis. Talvez por ser uma cidade em que as pessoas estão acostumadas a
estrangeiros falando mal ou com um francês muito carregado de sotaque
estrangeiro, era possível com tranqüilidade fazer um pedido num restaurante,
perguntar as direções na rua, abrir uma conta no banco ou tentar explicar ao
professor de onde eu vim, o que estava fazendo ali e qual era meu curso – até
que eu consegui entender que facilitava as coisas apenas dizer: sou estudante
Erasmus, apesar de teoricamente não o ser.
O que mais me
assustava antes de vir para cá eram as aulas. No entanto, percebi que não era
tão complicado entender os professores falando, e em geral eles eram muito
solícitos e compreensivos com os estudantes estrangeiros. O mais difícil para
mim desde o início era e ainda é, na verdade, entender jovens franceses
conversando, talvez pelo grande uso de gírias e expressões ou pela maior
rapidez durante a fala.
Mas o que mais me
deixava angustiado era falar ao telefone. Como não consegui vaga na residência
em Paris 8, tive que procurar apartamento – e isso, em Paris, é um pesadelo.
Então precisava ligar pra proprietários de apartamentos para tentar agendar um
RDV. Ia com calma, pedia para repetir às vezes, mas, bom, conseguia marcar
alguns encontros.
4. O que você mais
estranhou nos primeiros momentos da sua vida francesa?
O que mais me estranhou, imagino, foi o isolamento e frieza que os parisienses aparentam ter. É difícil aqui, pra mim, conversar com franceses ou manter qualquer tipo de interação. Por outro lado, algo que me agradou muito foi a educação que grande parte das pessoas mantém no seu dia-a-dia: segurar as portas, agradecer, se interessar em ajudar, dizer desculpa... Um estranhamento bastante positivo, no caso.
O que mais me estranhou, imagino, foi o isolamento e frieza que os parisienses aparentam ter. É difícil aqui, pra mim, conversar com franceses ou manter qualquer tipo de interação. Por outro lado, algo que me agradou muito foi a educação que grande parte das pessoas mantém no seu dia-a-dia: segurar as portas, agradecer, se interessar em ajudar, dizer desculpa... Um estranhamento bastante positivo, no caso.
5. Em relação à
preparação da viagem, o que você não fez e depois descobriu que poderia ter
feito, pois seria muito útil?
Uma das coisas que não
fiz antes de viajar foi abrir firma no cartório, para caso seja necessário
reconhecer algum assinatura minha (pedi para se pibic de um professor da Facom
pro período de minha volta, mas talvez hajam problemas por conta de assinaturas
para a bolsa).
6. Quais são as coisas
mais legais do seu intercâmbio na França?
Ter contato
diariamente com a língua francesa; morar em Paris; ir pra diversas exposições e
museus; entrar de graça nos museus (por ser menor de 26 anos e residente);
comprar livros em francês; utilizar transportes públicos decentes a preços
acessíveis; morar sozinho; ter aulas em francês; passear tranquilamente na rua
a qualquer hora sem medo de ser assaltado; conhecer pessoas diferentes, de
diversas nacionalidades.
7. E as menos legais?
Saudades do mar, das
comidas baianas, da família, dos amigos e da namorada. Além disso, uma certa
decepção com o ensino universitário francês. Talvez pelo menor número de anos
de estudo da graduação (3 na França e no mínimo 4 no Brasil) eu tenha sentido
uma certa diferença, mas, ainda assim, considero as aulas que tenho na UFBA em
geral mais aprofundadas do que as que tenho aqui.
8. Tem vontade de voltar estudar na França ?
Ainda não voltei pro
Brasil, mas já tenho bastante vontade de planejar alguma volta para Paris.
Provavelmente farei mestrado mesmo na UFBA, mas penso no doutorado por aqui.
Espero que esses planos dêem certo.
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